Sobre a Rede
A Rede Brasileira de Coleções e Museus Universitários (RBCMU) foi criada em 2017, a partir do desenvolvimento da proposta de articulação entre ações colaborativas e mobilização de diferentes profissionais, docentes, estudantes e pesquisadores envolvidos com a preservação e divulgação do patrimônio museológico universitário. A partir de janeiro de 2021, a RBCMU passou a contar com o seu próprio site, denominado Plataforma Digital da Rede Brasileira de Coleções e Museus Universitários, em forma de um repositório, com cadastro interativo e livre acesso para consultas.
A Plataforma Digital foi desenvolvida a partir da tecnologia Tainacan e congrega quatro bases de dados independentes e articuladas em um único sistema, sendo elas:
- Coleções e museus universitários brasileiros;
- Pessoas (profissionais, docentes, alunos e pesquisadores cadastrados na Rede);
- Publicações referenciadas;
- Cursos e eventos nacionais relacionados às coleções e aos museus universitários.
De forma a padronizar as informações para a constituição das bases de dados, as coleções e os museus universitários foram reunidos e definidos como Núcleos Museológicos Universitários. Espaços possuidores de coleções documentadas e/ou exposições abertas ao público, foram categorizados como ‘coleção’ (acervo documentado ou exposição aberta ao público) ou ‘museu’ (acervo documentado, programa de pesquisa e exposição aberta ao público). São definições abrangentes, que visam à edificação de um único sistema que promova a diversidade dos Núcleos Museológicos Universitários identificados, tais como: Museus, Centros de Memória, Centros de Divulgação Científica, Coleções Didáticas, Planetários, dentre muitas denominações. A RBCMU estrutura a evidência de um Ecossistema Museal presente nas Instituições Brasileiras de Educação Superior, a ser reconhecido, preservado, pesquisado e difundido para amplo conhecimento público, dada a sua representatividade histórica, científica e cultural.
As principais fontes de consultas para o mapeamento exaustivo das coleções e museus universitários no Brasil foram as seguintes:
- Tese da Adriana Mortara Almeida, defendida em 2001, que apresentou uma relação de 129 museus universitários.
- Grupo de Trabalho responsável pelo painel “Patrimônio Universitário no Brasil: desafios e experiências”, no V Fórum Permanente de Museus Universitários, ocorrido em 2018, na UFMG, que apresentou uma relação de 356 museus universitários pelo Brasil.
- Plataforma Museusbr, com 291 museus universitários levantados em dezembro de 2020.
- Mapa de Museus Universitários no Brasil, resultado do projeto ‘Patrimônio Cultural de Ciência e Tecnologia e Museus Universitários: pesquisa, análise e caracterização de relações estratégicas’, do Museu de Astronomia e Ciências Afins, que relacionava 444 museus universitários, em novembro de 2020.
- Base de dados mundiais de Coleções e Museus Universitários do Comitê Internacional de Coleções e Museus Universitários do Conselho Internacional de Museus (ICOM UMAC), com 206 cadastros, em março de 2022.
- Diferentes Secretarias de Estado da Cultura, por meio dos Sistemas Estaduais de Cultura.
- Rastreamento na Internet, artigos publicados e relatórios de eventos.
- Base de dados da Associação Brasileira de Centros e Museus de Ciências” (ABCMC).
- Arquivo Histórico do Laboratório de Pesquisas em Comunicação Museológica – LAPECOMUS, do MAE USP, coordenado pela Profa. Dra. Maria Cristina Oliveira Bruno.
A Plataforma Digital faz parte de um conjunto de esforços que buscam uma melhor compreensão das coleções e museus universitários brasileiros. Um de seus objetivos é o delineamento do patrimônio museológico universitário, constituído por espaços mantenedores de coleções didáticas e/ou de pesquisa; com exposições e demais atividades educativas voltadas ao público em geral, com especial ênfase ao escolar. As coleções e museus universitários são administradas por instituições de ensino superior e atuam na esfera do ensino, da pesquisa e da extensão. Há conjuntos de espaços que já constituíram as suas próprias identidades, assim como suas redes de cooperações, tais como os herbários, os planetários e observatórios, que não estão relacionados na base de dados da RBCMU pois já contam com sistemas próprios de organização, mas que são considerados pertencentes ao conjunto dos Núcleos Museológicos Universitários, em diferentes interfaces acadêmicas, seja na pesquisa, no ensino ou na extensão universitária. Para saber mais, visite os sites da Rede Brasileira de Herbários (https://www.botanica.org.br/a-rede-brasileira-de-herbarios/) e o da Associação Brasileira de Planetários (https://planetarios.org.br/planetarios-do-brasil/).
Em agosto de 2023, a Plataforma Digital conta com 841 Núcleos Museológicos Universitários, 492 pessoas (profissionais de museus, docentes, alunos e pesquisadores), 184 publicações referenciadas e 37 cursos e eventos já realizados, listados, envolvendo coleções e museus universitários cadastrados.
Estes dados estão em constante processo de atualização.
A base de dados de pessoas busca compartilhar nomes de profissionais de museus universitários, docentes, alunos e pesquisadores envolvidos com a presente temática, com a finalidade de facilitar parcerias entre interessados na área. A base de dados de publicações traz um levantamento referenciado de artigos e dissertações abrangendo as perspectivas históricas, curatoriais, comunicacionais, educativas, formativas, descritivas, administrativas de coleções e museus universitários, dentre outros temas possíveis, boa parte das referências possui link de acesso. A quarta base de dados, dedicada à cursos e eventos traz uma relação dos encontros que abordaram os museus universitários.
A Plataforma Digital da Rede Brasileira de Coleções e Museus Universitários pretende colaborar com os estudos, discussões, pesquisas, planejamentos e redes de cooperação voltadas à preservação das diversas coleções e museus universitários existentes em forma de núcleos museológicos em muitas Instituições de Educação Superior no Brasil, sejam públicas ou particulares. Do mesmo modo, busca contribuir para o fortalecimento do reconhecimento e valorização da diversidade institucional.reconhecimento e valorização da diversidade institucional.